Boa parte da historiografia do século passado que se dedicou à História Agrária da Itália Romana caracterizou o período de conquista romana como uma História de Crise e Transição de padrão fundiário. Isto é, segundo a tese clássica de Crise do Campesinato, o período de expansão do poder romano sobre a Itália seria marcado por um processo de crise do campesinato italiano. Por um lado, esta crise estaria relacionada aos constantes conflitos na Itália (em especial à de Aníbal na Segunda Guerra Púnica) e aos maciços alistamentos militares a que os camponeses eram submetidos neste período, que teriam arruinado a economia camponesa.