Se existisse para a historiografia do alto-medievo algo como o famoso o debate entre primitivistas e modernistas que divide o campo da historiografia dedicada à Antiguidade, o episódio acima seria uma peça central do mesmo. O exercício de imaginar como cada uma dessas correntes analisaria o relato acima pode redundar em uma proposta de análise diversa. Assim, Primitivistas caracterizariam tal relato como uma aberração, sendo inconcebível a presença de mercadores oriundos de uma região tão distante quanto à Grécia e as menções explícitas a dinheiro. Estas desafiariam qualquer visão que projete uma imagem de Alta Idade Média pautada pela noção de economia natural.
Modernistas, por outro lado, requisitariam o relato como uma demonstração cabal da presença e importância de elementos como comércio e dinheiro, esquecendo que sua simples menção não deveriam implicar em uma transposição imediata das categorias modernas. O final do relato, no entanto, não poderia ser explicado nesse mesmo quadro de referências.