Esse texto caracteriza a Capoeira como agente de mudança na Educação Física, na medida em que ela, durante seu desenvolvimento, apresenta-se como uma manifestação histórico-sócio-cultural brasileira, ao promover referenciais cognitivos e aprimorar coordenação motora no contexto da brasilidade, bem como desenvolver educação referenciada na ciência da Motricidade Humana e reeducação psicomotora para ampliar a percepção corporal que contribui para reconhecer aptidões e potenciais do corpo físico e mental, bem como educação que se caracteriza como dinâmica Anti-colonial na medida em que se caracteriza como agente de uma ontologia social própria.
Nesse sentido a corporeidade desenvolvida pela Capoeira atua como referencial e elemento de uma proposta educativa que se propõe a superar o que gera miséria e exclusão, na medida em que transforma uma luta numa quase dança, na qual os personagens estabelecem diferentes relações consideradas essenciais para a vida comunitária com qualidade. A dimensão Anti-Colonial se caracteriza neste texto como debate histórico da resistência aos aspectos colonialistas, colonizadores e coloniais que ainda imperam na educação formal. Nesse sentido os Elementos Indicativos da Ontologia Social da Capoeira podem se caracterizar como agentes de debate para alcançar a perspectiva de libertação e autonomia preconizada por Georg Lukácks e Paulo Freire.