Em diálogo com os Estudos Feministas em uma perspectiva pósestruturalista, apresentamos um ensaio de problematização de como as categorias gênero e diversidade são acionadas conceitual e metodologicamente para compor a agenda política do Projeto Gênero e Diversidade na Escola (GDE). Para isso, analisamos cinco documentos norteadores do GDE (SPM/CEPESC 2007, 2009, 2010 e 2011), entre os anos 2006 e 2011. Em nossa análise, investimos em problematizar como o gênero e a diversidade acionados pelo GDE são produtos e produtores de caminhos epistemológicos e políticos que funcionam para certa ordenação e governamento na contemporaneidade a expensas da produção de corpos (in)viáveis pelas políticas públicas. Assim, problematizamos as ininteligibilidades de uma educação em gênero e diversidade proposta por esta política - como a diversidade sexual e a diversidade cultural, bem como o sexo e o binarismo de gênero - e, com isso, tensionamos seus limites e potencialidades como agenda de Estado.