A humanização das pessoas ocorre, impreterivelmente, nos espaços de relações sociais, iniciando pela família e perpassando os demais espaços da sociedade. É neles que as identidades vão sendo forjadas e transformadas a partir das vivências e experiências. Neste contexto, dependendo da época e das relações de poder existente, são realizados alguns acordos para o convívio social, os quais têm sofrido no decorrer da história, processos de hierarquização responsáveis por desigualdades estruturais, como é o caso das mulheres.
A naturalização da submissão das mulheres nas relações sociais é fruto de identidades construídas e reconstruídas no seio social e jurídico, as quais sofreram enorme influência do patriarcado, gerando identidades reconhecidas como equivocadas, que são caracterizadas pela submissão aos homens, objetificação dos corpos das mulheres e menosprezo social. Tudo isso acaba resultando em violência contra as mulheres tanto em espaços públicos, quanto privados.
Para melhor compreender os fatores que desencadeiam este fenômeno, a pesquisa reflete sobre a construção cultural das identidades das mulheres e como seus corpos vêm sendo identificados e subjugados na história da humanidade, reproduzindo valores patriarcais contra os Direitos Humanos das Mulheres.