Enquadramos tais questões a partir do confronto de três perspectivas diversas sobre o problema da totalidade social e de suas esferas constitutivas: a posição avançada implicitamente pela Nova História (aqui identificada e denominada com a posição do próprio medievalismo contemporâneo); uma concepção própria da antropologia econômica (proposta por Karl Polanyi); e a abordagem empreendida pela historiadora Marxista Ellen Meiksins Wood. Do exame crítico das três posições elencadas, articulamos uma síntese que, fundada tanto no Realismo Crítico quanto no marxismo, seja adequada para a análise da sociedade medieval e supere as limitações da Nova História.