Assumindo a perspectiva analítica da governamentalidade problematizamos a inserção da Educação Física como uma área de conhecimento nas Ciências da Saúde no Brasil e na Colômbia através das suas instituições gestoras de políticas científicas. Para além de dilemas epistemológicos, propomos algumas reflexões sobre que tipo de racionalidade governamental está por trás dessa locação nessa grande área e não na grande área das Ciências Humanas, a qual, localizada na Educação, encontra uma inserção histórica e social mais significativa. Através de uma atitude problematizadora, pretendemos analisar os nexos de saber-poder que produzem as condições de implementação dessa racionalidade política e a sua efetivação tecnológica nos seguintes planos: a) Nas políticas científicas estabelecidas por instituições governamentais em ambos países; b) Na Educação Física Escolar, compreendida no interior da discursividade de uma série de reformas governamentais como a “Reforma do ensino médio” no caso do Brasil e o “Plano de desenvolvimento 2018-2022” na Colômbia. Desta forma nossa hipótese de análise busca explorar como vem se disseminando uma tendência de governamentalização biopolítica por parte destas agências que investe a Educação Física como tecnologia de condução das condutas para ampliar seu campo de ação e atingir os corpos no interior do campo escolar.